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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Um craque da publicidade


Menos de um mês antes do término da Segunda Guerra Mundial, nasce, em Salvador/Bahia, em 20 de abril de 1945, João Carlos Alves Olivieri, fruto da união de Almir Olivieri e Célia Alves (filha da consagrada historiadora Marieta Alves). Por causa das transferências intermitentes de seu pai, bancário do Banco do Brasil, Jonga (também conhecido como Yonga e Don Oliva) mora em diversas cidades até se fixar, ainda imberbe, na Cidade Maravilhosa, que não é outra (e ainda!) senão o Rio de Janeiro. Sobre ser um baiano por nascimento, é, no entanto, pela sua vivência, um carioca típico. Desde cedo, um cinéfilo constante, apaixonado pelas coisas da sétima arte. Ainda jovem, inconformado com as contradições da sociedade capitalista, idealista por excelência, e em plena ditadura militar, adere à luta contra os militares no poder e, em consequência, para escapar da prisão, foge para Salvador, onde passa uma temporada. Corre o ano de 1966. Mas volta ano depois para o Rio, aconselhado pelo seu advogado. Apresenta-se e acaba julgado e condenado. Cumpre a pena de alguns meses.

O gosto pelo desenho, que se manifesta desde tenra idade, faz com que entre no mercado publicitário. Trabalha nas maiores e melhores agências do país e, nos anos 90, passa alguns anos como publicitário em Portugal. A volta ao Rio se dá por causa da saudade que sente do seu Rio de Janeiro, ainda que um admirador das plagas lisboetas. Tem um blog que é um verdadeiro relicário de casos (ou causos) da propaganda brasileira, onde conta episódios divertidos e instrutivos, principalmente para a nova geração que desconhece o mundo da publicidade há algumas décadas atrás (http://jongaoliva.blogspot.com ). Sempre muito bem informado, e radical quando é preciso, para não ser um conformista com o status quo, escreve em outro blog que pensa os fatos em Novas Pensatas (http://novaspensatas.blogspot.com ).

Admirador de Rastros de ódio (The seachers, 1956), de John Ford, entre outros grandes momentos do cinema em geral, vê-o, sempre que pode, ajoelhado, principalmente, naquele momento final, quando o Tio Ethan, interpretado por John Wayne, vaga solitário cumprida a sua missão, com aquele plano belíssimo da porta aberta que descortina o vazio da paisagem.

Bem, para se ter uma idéia da excelência de seus trabalhos, que se vá, e que se vá com urgência, vê-los em outro blog: http://jonga_portfolio.blogspot.com Ou então no: http://pinturas_jonga.blospot.com

2 comentários:

Jonga Olivieri disse...

Quero lhe agradecer as palavras e o carinho demonstrado nesta postagem. E reafimar que este blogue nasce com grandes possibilidades de ser uma excelente publicação a pescar daqui e dali o principla das notícias e análises da imprensa.

André Setaro disse...

Não sou de fazer elogios à toa. Você me conhece. Não citei, por exemplo, o fato de você ser meu primo, que tem valor como vínculo familiar. Tenho-o mais como amigo e reconheço a sua 'expertise' em publicidade e propaganda. E, além do mais, você é um grande cinéfilo.