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domingo, 10 de outubro de 2010

Ultrapassando o Cabo da Boa Esperança

Vou fazer, no dia das crianças, 12 de outubro, 60 anos. Materialista, não acredito em Deus, mas acredito muito nas minhocas e vermes que irão comer meus restos em putrefação. O homem caminha sempre nesta direção, esta, a verdade verdadeira no sentido kantiano. A vida, a rigor, é uma sala de espera da morte. E enquanto se espera, brinca-se, trabalha-se, estuda-se, entra-se no Facebook, faz-se blogs, vai-se ao cinema. Segundo o grande cineasta sueco Ingmar Bergman, para se escapar da miséria da existência somente existem dois caminhos: a arte e o amor (mas este é complicado como mostrou, em seus filmes, várias vezes). Como disse Max Von Sydow, em A paixão de Ana (En passion, 1970), "vivo apenas por formalidade"

Um comentário:

Anônimo disse...

Um post irônico-melancólico. Inteligente, como tudo o que você faz. Mas sem formalidade o melhor é mesmo viver.
Só posso dizer que a vida é feita de si, e que o ser é corpo e espírito,fonte inesgotável de energia que nos permite existir e nos completarmos com os outros que são a essência das coisas. Nossa vida é feita de coisas reais, os objetos e os ideais e valores é o que está lá, mas só Deus pode explicar a nossa existência.E, embora eu acredite que depois da vida haja uma outra vida, até à data nenhuma conclusão quanto tempo é preciso usar para compreender a verdade do que representa a essência das coisas, que é a própria vida.